A entrevista do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), ao jornalista Julio Wiziack, da Folha de S.Paulo, no sábado (09/11) ganhou forte repercussão no país. Ele defendeu o posicionamento político do presidente Lula como centrista e pragmático, destacando que essa imagem deve ser consolidada para garantir sua reeleição em 2026.

Renan Filho analisou o cenário político nacional com ênfase no avanço das forças de centro, apontando que o equilíbrio político é hoje a chave para governar com eficiência e representatividade.

"Nem para o PT, Lula é de esquerda", comentou o ministro, destacando que até os partidos tradicionalmente progressistas vêm ajustando suas pautas para dialogar com o centro, refletindo o desejo do eleitorado por posições mais moderadas.

“O fato é que o presidente Lula é o maior líder de centro do país. Muito antes do centro vencer as eleições municipais, PP, União, PSD, Republicanos já estavam no governo. Agora, é importante colocar para as pessoas compararem, porque é muito fácil dizer que Bolsonaro é liberal. Nunca foi. E também não foi eficiente, não fez concessão, não atraiu capital privado. Com Lula, teremos o domínio do capital privado em rodovias e ferrovias, uma inversão histórica”, afirmou Renan Filho na entrevista.

O ministro, considerado uma das lideranças políticas mais influentes de Alagoas e um possível candidato ao governo do estado ou mesmo à vice-presidência em 2026, destacou a importância de um posicionamento político que represente "o Brasil real".

Para ele, o resultado das últimas eleições, tanto em Alagoas quanto em âmbito nacional, evidencia que o eleitorado busca estabilidade e soluções práticas, distantes dos extremos ideológicos.

"Não adianta insistir em radicalismos. O Brasil está caminhando para o centro, e é aí que estão as soluções", afirmou Renan, reforçando que o atual governo de Lula tem, sim, adotado essa postura ao priorizar temas que vão além das tradicionais bandeiras partidárias. Ele elogiou as escolhas do governo para a área econômica e disse que, enquanto ministro, sua preocupação principal é gerar resultados que beneficiem o país de forma ampla, sem priorizar cores partidárias.

A postura de um Renan Filho pragmático e centrista se alinha a “leitura” do atual cenário político, onde partidos de centro saíram fortalecidos das urnas nas eleições deste ano. Para ele, a disputa política exige cada vez mais uma capacidade de diálogo, pois "os eleitores estão mais atentos e querem saber como as decisões impactam suas vidas".

Leia aqui na íntegra

Acesse o link para ler a entrevista de Renan Filho na íntegra:

Nem para o PT Lula é de esquerda, diz ministro

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2024/11/nem-para-o-pt-lula-e-de-esquerda-diz-ministro.shtml