Política

Primeira-dama Marina Candia silencia sobre problemas e críticas do Programa Gigantinhos

Unidades educacionais têm sido alvos de constantes reclamações há meses sem respostas da primeira-dama de Maceió

Por Redação 22/11/2024 15h03 - Atualizado em 22/11/2024 17h05
Primeira-dama Marina Candia silencia sobre problemas e críticas do Programa Gigantinhos
Marina Cândia, primeira-dama e idealizadora do projeto Gigantinhos - Foto: Douglas Júnior

Ônibus lotados, calor constante e perseguição a funcionários. Essas são só algumas das denúncias feitas por pais e profissionais da educação com relação ao serviço ofertado em diversas unidades de creches Gigantinhos espalhadas por Maceió que são"ignoradas" pela primeira-dama da capital e embaixadora do projeto, Marina Candia.

Um sucesso nas redes sociais, Marina foi uma peça importante durante as eleições de 2024, que tiveram como resultado a reeleição do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (JHC). Engajada em movimentos e participante de diversas iniciativas que envolvem o município, ela ganhou bastante popularidade entre os maceioenses que chegaram a chamá-la de prefeita, mas  que hoje cobram seu posicionamento diante da situação das creches. A resposta de Marina é o silêncio.

Cotada para ser candidata a deputada federal, a carismática 1ª dama de Maceió, Marina Candia, se apresenta nas redes como Idealizadora do projeto Gigantinhos. No entanto, ela tem se ignorado as inúmeras denúncias que envolvem o projeto de qual tanto se vangloriou. No Gigantinhos do Santos Dumont, que há 10 dias tem mandado os alunos para casa, a primeira-dama botou o pé por lá apenas em seu primeiro dia de aula, mas jamais retornou à instituição.

A unidade localizada no bairro da parte alta de Maceió, tem sido alvo de reclamações há meses, sendo a falta de energia constante a principal adversidade da vez. Em relato ao Jornal de Alagoas, a mãe de uma aluna, que não quis ser identificada, alega que o local passa por uma oscilação na energia desde o último dia 12.

"Tem mãe que está levando as crianças porque não tem com quem deixar, mas elas estão ficando no calor. Quando a gente fala com as professoras, elas dizem que está muito difícil, as crianças ficam irritadas e não conseguem brincar porque lá é um galpão, então é muito quente", explicou.

Ainda segundo ela, a falta de um canal oficial de comunicação dificulta ainda mais as coisas, pois pais e responsáveis não estão cientes do andamento da situação atual.

"Outras mães comentaram que tinha voltado energia pela manhã, eu imaginei que como não avisaram nada o problema tinha sido resolvido, mas estão sem energia ainda", comentou, alegando que não teria levado a filha para a unidade se soubesse que o problema persistia.

Print de conversa com uma professora, enviado pela denunciante. Foto: Reprodução


"O Gigantinhos era um sonho, mas virou um total pesadelo!!! Começando pela empresa de transporte que presta um péssimo serviço com ônibus velhos e que vivem quebrados, temos provas, temos tudo, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) está ciente desde o início, mas o que fazem é só promessas", disse uma internauta em postagem no Instagram.

Já no Gigantinhos da Ponta da Terra, as denúncias apontam abusos e perseguição a professores, que são proibidos de reclamar dos problemas enfrentados, além do baixo número de cuidadores responsáveis pelas crianças mais novas. 

Em nota, o Instituto de Gestão Educacional e Valorização (Igeve), responsável por gerir a unidade, afirmou que distribuidora de energia elétrica foi acionada na semana passada, em decorrência de um incidente no medidor de energia.

"Os problemas elétricos afetaram provisoriamente o fornecimento de água no local, mas a situação já foi normalizada", diz a nota.