Política
Deputados do União Brasil em AL divergem sobre aborto em caso de estupro
Questões podem resultar em caminhos diferentes para 2026
Na semana passada, o deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), único representante de Alagoas na CCJ da Câmara dos Deputados, votou a favor da proibição do aborto legal, mesmo em casos de estupro.
Nessa segunda-feira, o deputado estadual Lelo Maia (União Brasil) usou as redes sociais para afirmar que a mudança aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça prejudica a vítima.
A divergência explícita entre os dois deputados revela posicionamentos distintos dentro do União Brasil em Alagoas, o que pode resultar em caminhos diferentes para 2026.
Veja o posicionamento de Lelo Maia
Nessa segunda-feira (2/12), Lelo Maia se posicionou contra a modificação aprovada pelo Congresso Nacional que proíbe o aborto, inclusive em casos de abuso sexual, atualmente permitidos por lei.
O deputado disse que, a cada hora, cinco meninas menores de 13 anos são estupradas, ressaltando a necessidade de reforçar o combate a esse crime.
“No Brasil, cinco meninas menores de 13 anos são estupradas por hora, e o Congresso Nacional fez uma modificação na CCJ para proibir o aborto até mesmo em caso de estupro. Essa mudança prejudica a vítima. O que se deve fazer é combater os crimes contra a dignidade sexual, especialmente aqueles cometidos contra crianças e adolescentes. É por isso que devemos lutar”.
Veja o posicionamento de Alfredo Gaspar:
O deputado Gaspar votou a favor da Proposta de Emenda à Constituição 164 de 2012, aprovada por 35 votos a 15 na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados em reunião na quarta-feira (27/11). A PEC proíbe o aborto em qualquer situação, mesmo quando a mulher for vítima de estupro, correr risco de vida ou o feto tiver anencefalia.
Alfredo Gaspar- Reprodução
Após o posicionamento, o parlamentar tentou explicar seu voto:
“Em relação à PEC, votei a favor por entender a importância da proteção da vida desde a concepção. As discussões sobre o tema serão aprofundadas na Comissão Especial, e teremos a oportunidade de aprofundar as balizas dessa temática importantíssima.”