Política

Arthur Lira aponta Lula como candidato competitivo em 2026

Declarações reforçam o papel do centro político nas articulações para as eleições presidenciais

Por Redação 05/12/2024 14h02
Arthur Lira aponta Lula como candidato competitivo em 2026
Lira e Lula - Foto: Assessoria PT

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um candidato forte para as eleições presidenciais de 2026, especialmente se o cenário econômico continuar favorável. Segundo Lira, “todo candidato à reeleição, se a economia estiver bem estabelecida, é fortíssimo”. A declaração foi feita nesta última quarta-feira, 4, em Brasília, em entrevista ao jornalista José Casado, da revista Veja. 

Enquanto Lira avaliava o cenário político, Lula destacava, ao lado do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), a expectativa de encerrar 2024 com crescimento econômico superior a 3%. O presidente comparou o trabalho na gestão pública ao cultivo de árvores: “Você só será avaliado pela sua competência quando estiver colhendo o que plantou.”

Lira destacou que, sem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, inelegível até 2030, Lula não encontra adversários expressivos no campo político atual. Ele também ressaltou o papel do centro político na definição das disputas presidenciais, destacando a trajetória de Lula como um político hábil em construir alianças estratégicas, como demonstrado na eleição de 2002, quando lançou a “Carta ao Povo Brasileiro” para conquistar o apoio de setores moderados .

A relação entre Lula e o Centrão, que inclui líderes como Lira e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), reflete um pragmatismo político que tem marcado sua trajetória. Ambos os parlamentares foram peças centrais na articulação da campanha de reeleição de Bolsonaro em 2021 e, agora, avaliam cenários para 2026. Ciro Nogueira, em artigo recente, reforçou o protagonismo do centro na história brasileira e a necessidade de evitar extremismos.

Nos bastidores, a aproximação de Lula com o Centrão indica a formação de uma base de apoio sólida para a reeleição, reforçando o peso do pragmatismo nas políticas estruturais. Para os interlocutores, a capacidade de adaptação política continuará sendo um diferencial estratégico para o presidente.