Política

Audiência de processo contra Arthur Lira é adiada após ausência do deputado

Presidente da Câmara é acusado de calote de R$ 1,8 milhão; nova data foi marcada para março

Por Redação* 24/01/2025 17h05
Audiência de processo contra Arthur Lira é adiada após ausência do deputado
Arthur Lira - Foto: Vinicius Schmidt/Metropoles

A audiência entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e o empresário Ricardo Barreto Dantas, marcada para esta quinta-feira (23), na 8ª Vara Cível de Maceió, foi adiada devido à ausência do parlamentar. O caso, que tramita desde 2023, envolve uma disputa judicial sobre uma dívida de R$ 1,8 milhão, relatada relacionada à compra de gado não concretizada.

O processo foi movido por Dantas, que alega ter transferido, em 2018, um cheque de R$ 900 mil como parte de um contrato para a compra de bezerros, sem que os animais tenham sido entregues. O valor em disputa totaliza R$ 1.838.243,57, incluindo prejuízos financeiros acumulados. Além de Lira, Francisco Eduardo Medeiros, apontado como "garantidor" do contrato, também é réu no processo.

A audiência, que seria conduzida pela juíza Eliana Normande Acioli, tinha como objetivo colher os depoimentos das partes envolvidas e de testemunhas. No entanto, com a ausência de Lira, representada apenas pelo seu advogado, Adriano Costa Avelino, sessão foi marcada para o dia 18 de março, às 14h30, em formato híbrido.

Em sua decisão, a magistrada justificou o adiamento devido à falta de presença do parlamentar. “Restou a impossibilidade de realização da presente [audiência] em face da ausência do exigido, Arthur César Pereira Lira”, afirmou.

De acordo com a defesa do empresário Ricardo Dantas, o deputado teria se recusado a cumprir o contrato firmado, mesmo após várias tentativas de negociação para o pagamento da dívida. “O autor tentou por diversas vezes ver seu crédito adimplido, porém, sem vencer, não restando outra alternativa, senão o ajuizamento desta ação de cobrança”, argumenta a acusação.

Por outro lado, o advogado de Lira negou as acusações e alegações de que a negociação nunca ocorreu. Ele também afirma que o cheque apresentado pela acusação seria prescrito e que uma decisão judicial anterior já teria reconhecida a inexistência de relação contratual entre as partes.

O caso segue na fase de instrução, com expectativa de avanço na próxima audiência.

Com Jornal Extra.