O ministro dos Transportes, Renan Filho, e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) trocaram críticas públicas nesta sexta-feira, 24, sobre a duplicação da BR-381, conhecida como "Rodovia da Morte". O debate foi impulsionado por uma publicação de Aécio nas redes sociais, em que ele questionou a viabilidade do contrato de concessão assinado pelo governo Lula na última quarta-feira, 22. 

Aécio, que governou Minas Gerais entre 2003 e 2010, levantou dúvidas sobre a execução da obra. "Será que os mineiros finalmente podem acreditar que a duplicação será concluída? Ou estamos diante de mais um capítulo de promessas adiadas?", escreveu o deputado. 

Renan Filho rebateu afirmando que as obras serão iniciadas nos primeiros 100 dias de contrato, com lançamento previsto para o dia 6. O ministro também apontou falhas de gestões anteriores, mencionando a estadualização de rodovias federais em Minas Gerais durante o governo Fernando Henrique Cardoso, que, segundo ele, resultou na devolução das vias em piores condições. 

"Faltou você lembrar que no governo FHC vocês estadualizaram as rodovias federais em Minas para, supostamente, o governo do Estado realizar os investimentos necessários e, anos depois, devolveram-nas, sem os 'prometidos' investimentos e em pior estado de conservação", rebateu.

A duplicação da BR-381 é uma demanda histórica e considerada urgente devido ao elevado número de acidentes registrados na estrada. O contrato firmado com a Concessionária Nova 381, do grupo 4UM Investimentos, prevê um investimento de R$ 10 bilhões ao longo de 30 anos, com metas para melhoria na infraestrutura e segurança da rodovia.

Renan Filho também criticou a ausência do governador Romeu Zema (Novo) na cerimônia de assinatura do contrato. Durante o evento, ele afirmou que a ausência reforça uma postura de priorização política em detrimento das necessidades da população.