Política
Lira deixa presidência da Câmara, mas vai continuar forte em Brasília
O nome dele volta a ganhar força para ocupar um Ministério
Faltam apenas dois dias para o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) deixar a presidência da Câmara dos Deputados. E diferente do que desejam muitos dos seus adversários, ele não vai entrar no ostracismo.
Influente em Brasília, com liderança incontestável no Centrão, Arthur Lira deve continuar influenciando não só a Câmara dos Deputados, mas também o governo do presidente Lula.
O nome dele volta a ganhar força para ocupar um Ministério. A pasta mais citada é a da Agricultura. E este setor deve ser a grande aposta de Arthur Lira. Tudo indica que ele deve se manter influente de alguma forma através da bancada rural no Congresso Nacional.
Nesta quarta-feira (29/01) o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) deu a senha, afirmando que tanto o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), possuem “credenciais” políticas suficientes para assumir ministérios no governo Lula.
A declaração ocorre em um momento de especulação sobre mudanças no governo, com Lira sendo cotado para o Ministério da Agricultura e Pacheco sendo cogitado para a Justiça e Segurança Pública ou para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MIDC).
“A gente está terminando essa Legislatura, com toda a parceria que foi feita, reconhecendo as diferenças, todo o esforço de negociação para aprovar todas as medidas que aprovamos. E tanto o Lira quanto Rodrigo Pacheco (PSD-MG) serem cotados para vir para o governo é um sintoma de retomada das relações funcionais. Os dois têm credenciais políticas para assumir outros papéis da República, inclusive no governo”, disse em entrevista à Folha de S. Paulo.
Arthur Lira segue articulando em Brasília. E somente depois do próximo sábado, após a eleição de Hugo Mota (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados, é que ele deve decidir o seu futuro político. Pode não ser o mesmo patamar de hoje, mas seja no Congresso Nacional, seja no governo, tudo indica que ele continua forte em Brasília.