Política
Vereador de Maceió se torna um dos políticos mais poderosos de AL
À frente do partido, Rui tem consciência do novo momento
O Brasil viveu décadas no bipartidarismo, durante a ditadura militar. Com a redemocratização do país a partir dos anos 80, novos partidos foram surgindo. A legislação favoreceu o surgimento de legendas importantes e até das chamadas legendas de aluguel.
O ápice da fase de proliferação partidária foi 2018. Em Alagoas, por exemplo, foram eleitos 9 deputados federais, cada um por um partido diferente (Jhc PSB , Arthur Lira PP, Marx Beltrão PSD, Sérgio Toledo PR, Nivaldo Albuquerque PTB, Isnaldo Bulhões MDB, Severino Pessôa PRB e Paulão PT).
Desde então, o surgimento das cláusulas de barreiras e o fim das coligações proporcionais forçaram mudanças que levaram ao desaparecimento de vários partidos e a concentração de força e poder nas maiores legendas. Dos mais de 30 partidos aptos a disputar as eleições de 2018, menos de 10 são considerados viáveis ou competitivos hoje.
Partido que não cumpriu as cláusulas ficam sem fundo partidário ou tempo de rádio e TV. Na prática, está fora do jogo.
O processo de depuração começou em 2020, avançou em 2022 e 2024 e deve ser consolidado em 2206. Para as eleições do próximo ano, apenas as maiores legendas devem sobreviver. PL, PT, PSD, PP, MDB, Republicanos e União são os únicos que podem ter força e estrutura para cumprir as cláusulas na próxima eleição. Outros legendas intermediárias, caso do PDT, PSB, PSOL, PSDB, PV e PCdoB devem apostam em modelos de fusão ou federação para seguirem adiante.
Em meio a este cenário, quem comanda um grande partido tem força e pode influenciar diretamente no processo eleitoral do próximo ano. Mesmo em Alagoas onde a política deve se dividir em dois blocos, tudo indica que as maiores legendas terão papel decisivo na eleição, especialmente a majoritária.
No comando dos grandes partidos em Alagoas estão nomes como o senador Renan Calheiros (MDB), Arthur Lira (PP) e também o vereador de Maceió Rui Palmeira. E ele continuará a frente da legenda até as eleições do próximo ano, como já foi anunciado pelo presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.
À frente do partido, Rui tem consciência do novo momento. Sabe que estar a frente do PSD é uma oportunidade de influenciar as próximas eleições – e também um peso. Terá que buscar bons resultados, até porque tem muita gente de olho na sua vaga. Ele sabe disso e já está preparando desde já para ter uma boa participação do PSD em Alagoas em 2026. Mas essa é outra história.