Preocupado com os constantes casos de violência que ocorrem em Maceió envolvendo torcidas de CSA e CRB, o vereador Allan Pierre, líder do MDB na Câmara apresenta um projeto de lei que obriga aos clubes de futebol a realizar campanhas permanentes de conscientização de combate à violência dentro e fora dos estádios de futebol em Maceió.

O PL está tramitando no parlamento e deve ser discutido em breve nas sessões ordinárias. A proposta condiciona que os clubes só recebam recursos oriundos de emendas parlamentares ou de verbas de patrocínio do munícipio comprovando, por meio de relatório mensal, a efetiva realização das campanhas permanentes.

“O que eu quero com essa lei é que os clubes tenham a obrigação de mostrar que estão conscientizando, fazendo campanha, promovendo, fazendo vídeos nos estádios, fora dos estádios, reuniões bimestrais com as torcidas organizadas, encaminhando relatórios aos órgãos de controle de segurança pública estadual e municipal. Dessa forma, será possível mostrar para toda a sociedade que os clubes estão unidos e engajados na busca pela paz dentro e fora dos estádios junto com as torcidas”, reforçou o vereador Allan Pierre.

O projeto de lei detalha que as campanhas de combate à violência podem ser realizadas antes e durante os jogos em Maceió, por meio de conteúdo audiovisual e impressos (panfletos) produzido pelos próprios clubes.

Também será possível que os clubes utilizem as mídias digitais, como redes sociais, mídias tradicionais como Rádio, TV, sites de notícias e outros meios de comunicação.

Nas campanhas, os clubes serão obrigados a incluir a mensagem de combate à violência contra a mulher. No PL do vereador Allan Pierre, os clubes devem realizar bimestralmente reuniões com as torcidas organizadas para promover a paz entre elas.

Durante a defesa do projeto, o vereador Allan Pierre recebeu o apoio do vereador e delegado Thiago Prado (PP) afirmando que a proposta pode ajudar a diminuir a violência nos estádios de futebol em Maceió. “A violência envolvendo torcidas organizadas só afasta as famílias dos estádios e acaba prejudicando os próprios clubes. Chamar os clubes a responsabilidade para participar dessas campanhas pela paz é algo muito positivo. As torcidas organizadas só existem por conta dos times de futebol e por isso é necessária a participação ativa dos clubes nessa campanha”.