Política

Alunos sofrem com calor extremo e denunciam descaso da Prefeitura de Maceió: ''Isso acaba com...''

Sinteal cobra reajuste salarial e melhores condições para profissionais da educação

Por Redação 25/02/2025 17h05 - Atualizado em 25/02/2025 17h05
Alunos sofrem com calor extremo e denunciam descaso da Prefeitura de Maceió: ''Isso acaba com...''
Protesto aconteceu nesta terça-feira (25) - Foto: Milena da Silva Santos

Alunos e professores da Escola Municipal Zumbi dos Palmares, em Maceió, realizaram um protesto nesta terça-feira, 25, contra o calor extremo e a falta de estrutura na instituição. Eles denunciam que aparelhos de ar-condicionado foram instalados há mais de um ano, mas nunca foram ligados. 

O problema seria a falta de adequação da rede elétrica da escola, cuja responsabilidade é contestada entre a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Equatorial Energia. 

Em faixa estampada na frente da escola foi colocado um cartaz com os dizeres: ''População reprova JHC pelo descaso com a Escola Zumbi dos Palmares''.  

Milena da Silva Santos, que já estuda há três anos no local desabafou: "A gente não sente vontade de ir pra escola por causa do calor. Isso acaba com a motivação de ir. Às vezes, algumas pessoas passam mal”, disse.

A reportagem da Mídia Caeté conversou com o professor Luiz Carlos dos Santos, que trabalha na Escola Municipal Zumbi dos Palmares desde 2005. Ele contou que, antes, existiam ventiladores nas salas de aula, mas que foram substituídos pelos aparelhos de ar-condicionado.“Antes da chegada dos ares-condicionados, tinham ventiladores nas salas de aula, porém quando os aparelhos foram instalados, os ventiladores foram retirados. Esperava-se que o ar refrigerado chegasse imediatamente, o que não aconteceu. Estamos esperando há um ano”, denuncia. 

O professor Luiz também falou do esforço de discentes e docentes para continuar o ano letivo, mesmo com as condições totalmente insalubres geradas pelo calor e falta de climatização. O profissional relatou ainda que o problema já é sabido há muito tempo. 

“Esse problema é do conhecimento de todos. No final do ano passado, foi constatado que a Equatorial teria que trazer uma rede de alta tensão, do início do Conjunto Rosane Collor até a escola. A Semed passa a responsabilidade para a Equatorial e vice-versa. Nisso, o tempo vai passando. “Com total precariedade climática para todos, os alunos mesmo com o desconforto do calor, continuam vindo, da mesma forma os professores”. 

Reajuste salarial

Além da climatização econômica, os profissionais da educação da capital também cobram reajuste salarial de 13,6%, melhorias na estrutura das escolas, progressões salariais atrasadas e soluções para o transporte escolar.  

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal) acusa gestão municipal de descaso e ameaça intensificar os protestos caso não haja resposta.