No último dia 22 de fevereiro, a vice-prefeita de Palmeira dos Índios, Sheila Duarte, veio a público, através das redes sociais, para denunciar que estava sendo ameaçada de morte desde o início do ano. O relato comovente e alarmante repercutiu amplamente na imprensa e gerou manifestações de solidariedade por parte de diversas autoridades. No entanto, passados oito dias, o silêncio tomou conta do caso, e nenhuma atualização foi dada sobre as providências que seriam tomadas.

Na ocasião, Sheila afirmou que vinha sofrendo intimidações constantes e que um homem, exigindo cargos na prefeitura, teria escalado as ameaças até o ponto de perseguição e risco de morte. Diante disso, a vice-prefeita declarou que registraria um Boletim de Ocorrência e solicitaria uma medida protetiva para garantir sua segurança.

No entanto, até agora, não se sabe se essas medidas foram de fato adotadas. A reportagem da Tribuna do Sertão entrou em contato com a Secretaria de Comunicação de Palmeira dos Índios, buscando informações sobre o andamento da denúncia e quais ações foram efetivamente tomadas pela vice-prefeita. O silêncio foi a única resposta.

A ausência de atualizações gera questionamentos sobre a gravidade real da ameaça e sobre a postura da vice-prefeita diante de um caso tão sério. Se houve uma denúncia formal junto às autoridades, por que não divulgar os encaminhamentos? Se não houve, o que justifica o silêncio após um alerta tão grave feito publicamente? 

A população e as autoridades que se solidarizaram com Sheila Duarte ainda aguardam respostas. O desfecho dessa denúncia precisa ser esclarecido, pois não se pode banalizar casos de violência e ameaça, nem transformar um tema tão sensível em um episódio passageiro de exposição midiática sem consequências reais.