O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL) trabalha hoje com a perspectiva de renunciar o mandato (desincompatibilização) até o início de abril do próximo ano, dentro do prazo legal para disputar outro cargo nas eleições de 2026.

Nem federal, nem estadual. Tudo indica que JHC deve disputar mesmo um mandato majoritário – isso se não mudar de ideia, tal e qual os últimos três prefeitos de Maceió: Kátia Born, Cícero Almeida e Rui Palmeira. Eles tinham popularidade, tiveram a oportunidade de disputar outro cargo, mas preferiram ficar no mandato até o final.

Governo ou Senado? A disputa para o governo é o maior desejo de JHC. É o que ele diz a todos os aliados. Mas o Senado segue sendo uma forte opção. Um influente interlocutor do grupo do prefeito, com peso de decisão, revelou numa longa conversa com o governador Paulo Dantas que JHC precisa garantir bases no interior, para enfrentar uma disputa contra Renan Filho.

Sem bases do interior, o interlocutor considera que JHC não teria chances de vitória. Nesse caso, o mais sensato seria mirar o Senado, para manter a vaga que hoje já é da mãe do prefeito, Eudócia Caldas. E na pior hipótese fica na prefeitura.

Uma eventual candidatura a governador contra Renan Filho poderia levar JHC à derrota. E nesse caso, além de “perder o Senado para Arthur Lira, o prefeito teria de entregar a prefeitura para o Rodrigo Cunha, correndo o risco de ficar sem nada”.

Em meio a esse cenário é esperar que JHC consiga avançar – ou não – na nomeação da tia Marluce Caldas como ministra do STJ – suja prioridade no momento. Depois disso, o prefeito deve ciar em campo para ver se consegue apoios no interior para a empreitada. Mas essa é outra história.