Política

Buscando autonomia, Davi Filho deixa PP e se filia ao Republicanos

Deputado teve ficha abonada pelo deputado federal e presidente do partido, Marcos Pereira (REP-SP)

Por Redação 18/03/2025 15h03 - Atualizado em 18/03/2025 17h05
Buscando autonomia, Davi Filho deixa PP e se filia ao Republicanos
Deputado federal Marcos Pereira (REP-SP) e Davi Davino Filho - Foto: Reprodução

O ex-deputado estadual Davi Davino Filho confirmou sua saída do Progressistas (PP) para se filiar ao Republicanos, partido comandado em Alagoas pela família Albuquerque. Ele teve a ficha abonada pelo presidente nacional do partido, o deputado federal Marcos Pereira (SP).

A mudança de Davi Filho altera o xadrez político alagoano,uma vez que pode sugerir uma candidatura própria ao Senado Federal, enfraquecendo o nome dos aliados de agora, JHC (PL), cuja mãe Eudócia é senadora, e principalmente Arthur Lira, presidente de seu ex-partido e nome cotado para deixar a Câmara dos Deputados para ir em busca ao Senado. 

Ainda assim, os Albuquerque compõe o grupo de JHC, indicando Flávio Baltar à secretaria do Trabalho de Maceió. O pai de Davi Filho, Davi Davino, faz parte da base do prefeito de Maceió na Câmara da capital, e seu tio, Fernando Davino, é Secretário municipal de Desenvolvimento Social, Primeira Infância e Segurança Alimentar.

Davi Filho ganhou projeção ao ser bem avaliado em duas eleições majoritárias. Em 2020, chegou ao segundo turno na disputa pela Prefeitura de Maceió, perdendo para JHC. Já em 2022, concorreu ao Governo de Alagoas e ficou atrás dos dois principais concorrentes, Paulo Dantas (MDB) e Rodrigo Cunha (então no União Brasil). Apesar das derrotas, manteve uma base eleitoral expressiva, o que o credencia como nome competitivo para 2026.

Pesquisas recentes indicam que Davi Filho lidera a preferência dos maceioenses na disputa pelo Senado, com 54% das intenções de voto, à frente de nomes como Alfredo Gaspar (27,5%) e Renan Calheiros (12,5%). O levantamento, realizado pelo Instituto Falpe foi realizado entre os dias 10 e 13 de março. 

A saída de Davi do PP também é vista como um golpe na estrutura de Lira, que perde um nome competitivo em sua base. Em contrapartida, a mudança pode favorecer o MDB de Renan Calheiros, que se mantém atento às movimentações para compor alianças no próximo pleito.