Política
Mudanças no governo de Paulo: prioridade é acomodar forças políticas

O governador Paulo Dantas não planeja far nenhuma grande reforma administrativa até o final de sua gestão. Esse é o “termômetro” do Palácio dos Palmares. A estratégia agora seria fazer mudanças pontuais, que poderiam ocorrer por dois motivos principais: acomodação política e busca por maior eficiência administrativa.
Paulo Dantas tem dado sinais de que está satisfeito com sua atual equipe, mas admite que algumas substituições principalmente para ampliar a base política para as eleições de 2026.
A regra, avisa um influente interlocutor, é simples. “O governador fará mudanças sempre que necessário, seja por acomodação política ou por necessidade administrativa”.
“Política é a capacidade de escutar e aglomerar os interesses políticos comuns . O governo sempre busca os melhores resultados sociais e econômicos e quem entrega os melhores resultados, são os grupos e campos políticos que sempre andam alinhados, por isso o governo sempre estará conectado com os grupos políticos. Em outras palavras, se for necessário, para alcançar os melhores resultados políticos e administrativos, haverá mudanças”, pontua o interlocutor.
Mudanças
Esta semana, durante agenda em Palmeira dos Índios, o governador anunciou a entrada do ex-prefeito da cidade, Júlio Cézar, no secretariado estadual.
A nomeação, prevista para abril, ainda não teve a pasta definida, mas especula-se que ele possa assumir a Secretaria de Relações Federativas e Internacionais. Outra mudança prevista é a chegada da ex-deputada federal Tereza Nelma, que deve assumir a Secretaria de Cidadania e da Pessoa com Deficiência.
As movimentações no secretariado seguem um padrão observado nos últimos meses: acomodação de aliados estratégicos para fortalecer a base política de Dantas para as eleições de 2026 e, em casos pontuais, mudanças por critérios administrativos na cota pessoal.
O governador já deixou claro que seu objetivo é garantir a reeleição do senador Renan Calheiros e principalmente eleger seu sucessor, com o nome de Renan Filho ganhando força dentro do grupo.
Mas também há uma preocupação com o desempenho administrativo. Secretários que não estiverem entregando resultados satisfatórios serão substituídos. E existem ao menos um ou dois casos nesse “critério”.
O foco, no entanto, até o momento tem sido a ampliação política, como demonstrado pela recente nomeação do ex-prefeito de União dos Palmares, Areski Freitas, para a chefia da Emater ou de Ricardo Dória para a Seprev.
As mudanças no governo não têm um prazo definido e podem acontecer a qualquer momento, conforme avançam as negociações políticas.
O governador segue atento às alianças necessárias para manter sua base unida e garantir a continuidade do seu grupo no comando de Alagoas.
Análise
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