Política

Arthur Lira é citado como aliado-chave na proteção de Ednaldo Rodrigues e da CBF, diz jornal

Deputado alagoano integra grupo de parlamentares que atuaria para blindar o comando da entidade e frear investigações no Congresso

Por Redação* 14/04/2025 14h02 - Atualizado em 14/04/2025 17h05
Arthur Lira é citado como aliado-chave na proteção de Ednaldo Rodrigues e da CBF, diz jornal
Arthur Lira - Foto: Vinicius Schmidt/Metropoles

Uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou no fim de semana que o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, estaria entre os principais articuladores da chamada “Bancada da Bola”, grupo parlamentar que atua em defesa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no Congresso Nacional. A matéria, assinada por Levy Teles e Vinícius Valfré, aponta que o grupo busca blindar o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, e conter investigações sobre sua gestão. 

Composto por 22 parlamentares de nove partidos distintos, o grupo inclui nomes de peso como os senadores Romário (PL), Jorge Kajuru (PSB), Davi Alcolumbre (União-AP) e Jaques Wagner (PT-BA), além dos deputados Felipe Carreras (PSB-PE), Orlando Silva (PCdoB-SP) e José Rocha (União-BA). De acordo com o Estadão, o grupo atua de forma coordenada para impedir a convocação de Rodrigues a CPIs e abafar denúncias como as reveladas pela revista Piauí. 

Paralelamente, outra denúncia, publicada no portal Leo Dias, acusa a atual gestão da CBF de instalar câmeras de segurança ocultas em sua sede, no Rio de Janeiro, para monitorar funcionários. Os equipamentos estariam disfarçados como alarmes de incêndio e transmitiriam imagens diretamente à sala de Ednaldo Rodrigues. 

As gravações fazem parte de um acervo mantido por um funcionário do setor de TI e incluem ordens dadas durante a Copa do Mundo do Catar, em 2022. 

As revelações tiveram repercussão imediata. Na ESPN, seis jornalistas foram afastados após criticarem a gestão de Ednaldo no programa Linha de Passe. Os profissionais comentaram a reportagem da Piauí que detalha mordomias, salários elevados e dívidas milionárias da confederação. Após a repercussão, outros comentaristas foram escalados para substituí-los na programação.

Com agências.