O deputado federal Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara e um dos principais nomes do centrão, voltou a driblar perguntas sobre seu futuro político. Em entrevista ao comunicador alagoano Ildo Rafael, Lira evitou confirmar se aceitará ser vice de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2026 — uma especulação que corre nos bastidores há meses.

Sem cravar nada, Lira classificou tanto a vice-presidência quanto uma vaga no Senado como “cargos honrosos”. Disse que ainda é cedo para falar de eleições e que prefere focar no “trabalho” e nas articulações em Brasília — o mesmo discurso de sempre quando não quer entregar o jogo.

"2026 a gente vai discutir com muita tranquilidade com nosso grupo político", desconversou, tentando esfriar o assunto.

A resposta, no entanto, não esconde o cálculo: Lira sabe o peso que tem e quer esperar o cenário político amadurecer antes de bater o martelo. Por enquanto, segue em cima do muro, mantendo diálogo com todas as pontas e se poupando de desgastes.

Aliado de Bolsonaro nos bastidores, mas sem abrir mão do pragmatismo que o tornou peça-chave no Congresso, os movimentos políticos do deputado também afetam o tabuleiro do xadrez político local.