Política
Os cenários possíveis e os prováveis para as eleições de 2026 em AL
As forças políticas alagoanas se reorganizaram, desde então, em dois grandes blocos

A política é como nuvem. Mas em Alagoas os ventos parecem soprar sem muita disposição para mudar cenários que estão postos desde 2022.
As forças políticas alagoanas se reorganizaram, desde então, em dois grandes blocos. De um lado o “quarteto fantástico” de Renan Calheiros, Renan Filho, Marcelo Victor e Paulo Dantas. “Se permanecerem unidos serão invencíveis em 2026”, traduz um influente interlocutor do bloco.
Do outro lado, estão no mesmo barco - não necessariamente no mesmo grupo – Arthur Lira, JHC, Alfredo Gaspar e Davi Davino Filho. Se conseguirem montar um bom projeto serão fortes, com amplas chances de conquistar uma vaga ao Senado e fazer metade da bancada de Alagoas na Câmara dos Deputados e vão dar trabalho na disputa pelo governo.
O problema é saber se algum deles pode pular ou não de um barco para o outro. Tem acordo de JHC com Renan? Davi pode fechar com Paulo e MV? Lira convence JHC a ir para o Senado?
Diante de inúmeras possibilidades, o mais provável cenário para 2026 na leitura do momento é este:
- Renan Filho disputa o governo e Renan Calheiros o Senado, com apoio de Paulo Dantas e Marcelo Victor
- JHC disputa o governo e Arthur Lira disputa o Senado pela oposição, “tirando” do jogo outros nomes ao Senado – caso de Gaspar e Davi Davino.
Neste cenário, só quem correia risco de perder seria JHC.
Além deste, existem variações. Uma das maiores “apostas” é Renan Filho e Renan Calheiros disputar o governo de um lado e JHC sair candidato a senador como independente, deixando a oposição sem alternativas.
Tem ainda quem acredite (eu não) que JHC fica na prefeitura, não disputa nada e vai apoiar Arthur Lira e Eudócia Caldas para o Senado e um nome ao governo (seria Davi Davino Filho?) contra Renan Filho.
Outra possibilidade é Renan Filho sair para o governo e JHC também, mas sem controle das vagas de senador – que poderiam ter na disputa aberta além de Arthur Lira e Renan Calheiros, Alfredo e Davi.
Existe ainda outro cenário em que Renan Filho não seria candidato ao governo (o mais improvável de todos). Neste caso, o Palácio dos Palmares não teria um plano sequer pensado, ainda menos definido, mas nada impediria que numa situação desta Paulo Dantas passasse a reavaliar a sua decisão de ficar no governo até o final do mandato.
