Política

Adiamento das eleições pode ser aprovado ainda esta semana

Deputados que se mostravam resistentes começam a repensar a possibilidade

Por Blog do Edivaldo Junior 30/06/2020 13h01
Adiamento das eleições pode ser aprovado ainda esta semana
Urna eletrônica - Foto: Reprodução

Após aprovada no Senado Federal, a PEC que adia as eleições de 4 de outubro para 15 de novembro vinha enfrentando resistências na Câmara Federal, onde a matéria ainda precisa ser votada. O impasse, no entanto, já está praticamente superado, avisa o deputado federal Severino Pessoa (Republicanos-AL).

“No grupo que participo, a tese de adiamento da eleição avançou. Devemos votar a proposta na quarta ou na quinta-feira desta semana”, aponta Pessoa.

O parlamentar alagoano integra o Centrão, que resistia ao adiamento. Mas segundo Pessoa, os líderes de vários partidos mudaram de opinião com a garantia de o FPM dos municípios será resolvido”, avisa.

Crítico do adiamento, o líder do Republicanos e vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Pereira, afirmou nessa segunda-feira (29) que foi convencido de que adiar o pleito é a melhor decisão. “A beleza da democracia é a capacidade que temos de convencer e ser convencidos pelo diálogo. Eu fui convencido de que o adiamento das eleições para novembro é a melhor decisão a ser tomada. Estamos construindo esse consenso necessário”, afirmou Pereira ao Correio do Povo.

O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) também mudou sua opinião. “Eu acho que estão avançado e deve votar o adiamento essa semana. Eu sou a favor do que o TSE disser. São eles que fazem a eleição”, disse.

A matéria, aprovada pelo Senado Federal na última terça-feira (23), prevê o adiamento do pleito para os dias 15 e 29 de novembro. As datas oficiais são 4 e 25 de outubro. Para ser aprovada na Câmara, são necessários, pelo menos, 308 votos.

O texto já tem consenso por parte dos deputados federais da oposição. “O adiamento das eleições não é uma questão política, mas sanitária, e devemos votar logo sob pena de prazos serem vencidos e não sermos responsáveis por uma eventual 2ª onda de Covid-19 no Brasil”, afirmou o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG).