Contratos contrato feitos pela prefeitura de Arapiraca para compra de 250 mil máscaras de tecido e aventais de TNT está sob suspeita de irregularidades. As transações passam de R$ 1,2 milhão. O endereço da empresa contratada para a entrega do material, a Warlley de Oliveira Amorim EIRELI, seria, segundo denúncia encaminhada ao Ministério Público Federal, inexistente

O ex-presidente da OAB Arapiraca, que também é pré-candidato a prefeito do município, postou vídeo nas redes sociais nesta sexta (10), denunciando a Prefeitura de Arapiraca “pela contratação de uma empresa fantasma para a aquisição de 250 mil máscaras de tecido pelo valor de meio milhão de reais.”

Hector Martins já havia questionado a prefeitura por contratar uma empresa de Brasília/DF para fornecimento das máscaras, material que poderia ser comprado em empresas do próprio município. O advogado decidiu checar do endereço apresentado pela empresa no contrato com a prefeitura, que seria uma sala alugada em um prédio comercial de Brasília. Segundo ele, o escritório não existe.

No vídeo apresentado pro Martins, o porteiro revela que no prédio não existe a sala mencionada nem a empresa, conhecida também pelo nome fantasia de WDR Conectividade e Construções.

“Para a nossa surpresa, o porteiro disse que não existia aquela empresa naquele edifício”, diz Hector Martins no vídeo, que também exibe imagens do funcionário da portaria confirmando as informações.

Além do contrato para fornecimento de 250 mil máscaras de tecido no valor de R$ 500 mil, a prefeitura também celebrou um segundo contrato com a empresa mesma, de R$ 705 mil para fornecimento de aventais de TNT. Os dois contratos superam o valor de R$ 1,2 milhão.

Segundo o pré-candidato, além do endereço “fantasma” chama a atenção o fato de que a Warlley de Oliveira Amorim era uma empresa de construção civil quando firmou contrato com a prefeitura de Arapiraca para fornecimento das máscaras.

De acordo com informações do advogado, a empresa só pediu a alteração da atividade econômica à Junta Comercial do Distrito Federal no dia 21 de maio, três dias após a assinatura do contrato com a prefeitura de Arapiraca.

“Diante de toda essa conjuntura não nos restou outra alternativa a não ser levar tudo isso ao Ministério Público Federal, para que seja aberto um procedimento de investigação, se for o caso junto com a Polícia Federal. Que papelão, que absurdo. Em pleno período de pandemia, em que estamos vivendo um verdadeiro caos, em que arapiraquenses estão diuturnamente perdendo a vida, a gente precisa parar para enfrentar algo tão lamentável que é esse tipo de irregularidade”, afirmou Martins.

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