Política

Alagoas tem menor diferença de votos entre candidatos

De acordo com os levantamentos feitos pelo jornalista Edivaldo Júnior, as eleições foram definidas com pouca diferença

Por Blog do Edivaldo Júnior 19/11/2020 10h10
Alagoas tem menor diferença de votos entre candidatos
Foto: reprodução

Em 2016, as eleições em algumas cidades alagoanas foram decididas no detalhe, com suspense até a última urna. Em Arapiraca, segundo maior colégio eleitoral de Alagoas, a diferença entre o primeiro e segundo colocado foi de apenas 259 votos: 38,04% a 37,80%. Junqueiro, com mais de 18,4 mil eleitores à época viu o prefeito ser eleito com apenas 3 votos de margem ou 49,51% a 49,49%.

Na eleição anterior, Olho d’Água das Flores, com 14,5 mil eleitores teve o pleito decidido por apenas 18 votos: 48,90% a 48,75%. Emoção maior deve ter vivido o eleitor da pequena Palestina, no sertão alagoano, que viu a prefeita ser eleita com apenas um voto de diferença: 50,01% a 49,99% proporcionalmente.

Resultado exatamente igual, proporcionalmente ao de Marechal Deodoro. Cacau foi eleito com 50,01% contra 49,99% de Junior Dâmaso. Diferença de apenas 8 votos.

Arapiraca e Palestina tiveram cenários diferentes, com outros nomes na disputa e resultados mais elásticos. Em algumas destas cidades, a “divisão” continuou, mas com margens bem diferentes.

Em Junqueiro, Olho d’Água das Flores e Marechal Deodoro, os candidatos foram os mesmos. O confronto se repetiu.

Carlos Augusto que ganhou por 3 votos, não foi reeleito e perdeu para Leandro do Posto por diferença de mais de 1,3 mil votos.

Em Olho d’Água das Flores, o prefeito Carlos André, o Nen também não conseguiu se reeleger e perdeu para Zé Luiz por mais de 1,6 mil votos de diferença.

A única cidade que parece ter mantido a divisão equilibrada, entre “nós” e “eles”, parece ter sido Marechal Deodoro.

Pela segunda eleição seguida, o vencedor só foi conhecido na última urna – literalmente.

Cacau foi reeleito e até conseguiu ampliar a margem sobre Júnior Dâmaso, que foi novamente seu adversário. Mas a diferença foi mínima mais uma vez este ano: de 21 votos ou 50,04% a 49,96%.

Com um resultado tão apertado assim, logo surgiram questionamentos.

Mas o próprio Ministério Público Eleitoral da 26ª Zona, de Marechal Deodoro, esclareceu que todo o processo relativo ao pleito ocorrido no município transcorreu “dentro da legalidade, não restando quaisquer questionamentos a respeito da lisura das eleições”, com informa o portal Gazetaweb (leia aqui).

Trabalho

Reeleito, apesar do suspense até a última hora e dos questionamentos da oposição, o prefeito Cláudio Roberto Ayres da Costa, o Cacau, comemora o resultado e promete trabalhar mais.

“Todo o processo transcorreu dentro da normalidade, dentro da legalidade. Foi uma eleição difícil, mas completamente transparente. Agora vamos trabalhar ainda mais para que Marechal Deodoro continue avançando”, aponta.

Cacau saiu-se bem, especialmente se comparado com os outros municípios “rachados”. Agora o prefeito reeleito tem uma nova oportunidade para tentar “baixar a temperatura” e diminuir o clima de acirramento político e eleitoral na cidade. Mas essa é outra história.