Política

Pai de JHC vai mandar no dinheiro da Saúde de Maceió

Ex-deputado João Caldas já foi condenado por crime na área da saúde, na Máfia das Sanguessugas

Por Redação 28/02/2021 09h09
Pai de JHC vai mandar no dinheiro da Saúde de Maceió
JHC e seu pai, João Caldas

A Diretoria do Fundo Municipal de Saúde de Maceió está nas mãos do pai do prefeito JHC, o ex-deputado João Caldas, que já foi condenado por crime na área da saúde. Desde o final de janeiro, o assessor fiel dos Caldas, Vanderlei Vieira, assumiu o cargo, que cuida de toda parte financeira da saúde municipal.  

Durante o mandato de João Caldas na Câmara Federal, Vieira acompanhou o parlamentar em Brasília. A nomeação do apadrinhado, que é de tido como de "extrema confiança", veio direto do Gabinete do Prefeito. A publicação do novo diretor da gestão financeira da Saúde foi realizada no Diário Oficial do Município ainda em 21 de janeiro. Vieira foi nomeado com o símbolo DAS-4. O assessor cuida ainda das rádios dos Caldas em Maceió e no interior do estado.

Na manhã de sábado (27), o prefeito de Maceió compartilhou em seu Twitter uma notícia sobre a economia de quase R$ 2 milhões pela Prefeitura de Maceió no pagamento de cargos comissionados. A notícia foi veiculada pela Coluna Labafero, do site Cada Minuto.

Vale lembrar que JHC sempre anunciou que sua gestão iria prezar pelo perfil técnico dos profissionais. E ainda abriu uma seleção pública para que a população enviasse currículos para o #TimeMaceió. A seleção ainda não tem resultados transparentes. (Veja matéria aqui

Máfia das Sanguessugas

Em 2018, João Caldas, pai do Prefeito de Maceió, foi condenado pela Justiça Federal na Máfia das Sanguessugas, um escândalo nacional envolvendo a compra de ambulânias e recursos de emendas parlamentares, em esquema de proprina supostamente paga a deputados. 

A Máfia das Sanguessugas foi descoberta em 2006 pelo Ministério Público Federal, que apontou suposta fraude a licitações para compra de ambulâncias com recursos de emendas parlamentares. Segundo as investigações, o grupo liderado pelos empresários Luiz Antônio Vedoin e Darci Vedoin, donos da Planam, pagava propina a parlamentares em troca de emendas destinadas à compra de ambulâncias e materiais hospitalares.

Ainda de acordo com a denúncia, um grupo de parlamentares viabilizava a aprovação das emendas e intercedia nas prefeituras para direcionar as licitações para as empresas da família Vedoin vencerem as disputas. Os pagamentos eram feitos muitas vezes por meio de intermediários para dificultar a identificação dos envolvidos.