Agro

Santo Antônio colhe resultados positivos com variedades RB

Unidades industriais contam com um canavial formado por variedades mais antigas

Por Assessoria 15/10/2020 08h08
Santo Antônio colhe resultados positivos com variedades RB
Imagem ilustrativa; Foto: Reprodução

Com uma área total de 34 mil hectares cultivados de cana, as usinas Santo Antônio e Camaragibe contam com a predominância das variedades RB, tendo destaque para a 579 que foi desenvolvida em Alagoas e que, atualmente, está presente em todo o país.

De acordo com o superintendente Agrícola das unidades industriais, Marcos Maranhão, 40% da área plantada é ocupada pela variedade RB 579. “Temos pouco mais de 12 mil hectares plantados com essa variedade de cana. Anteriormente, já chegamos a ultrapassar os 50% da área da usina com a 579. Mas, ultimamente, tem surgido novos clones que vem concorrendo bem com ela, além do mais não é recomendado ter mais de metade da área ocupada com uma única variedade”, afirmou.

Segundo Maranhão, novos clones também vêm tendo bons resultando, se destacando em termos de produtividade e de tonelada de açúcar por hectare. “Apesar isso, a gente pretende manter a área que é destinada a 579 em pelo menos 35%”, reforçou.

As unidades industriais contam também com um canavial formado por variedade mais antigas, a exemplo da SP 791011, que começa a ser substituída por novas RB. “Ela é bem antiga e rústica. Hoje, a gente trabalha com essa variedade praticamente apenas nas áreas de encostas por apresentar uma brotação de socaria boa. Mas, estas novas variedades também apresentam o mesmo desempenho sendo mais resistentes e com alto teor de açúcar. Por isso, estamos começando a fazer a substituição”, declarou.

Entre as variedades promissoras está RB 08791. “Já estamos com 1.200 hectares plantados com ela, sendo algumas partes em encostas, onde vem se adaptando bem e com diâmetro e brotação de socarias boas, além de conseguir ser moída no meio e final de safra. Com isso, pretendemos ampliar ainda mais a área dela”, afirmou Marcos Maranhão, lembrando que se trata de uma cana que também é boa para o corte.

A usina conta com uma subestação do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA), desenvolvido pela Ridesa. “Isso facilita nosso trabalho por saber o que está se destacando. Os clones com melhor desempenho, já levamos para uma área no campo para avaliar o desenvolvimento em um espaço maior até chegar em uma área comercial para que possamos partir na frente com estes clones”, finalizou.