Agro

Comercialização de gado por venda particular está em alta

Escritórios de remates são procurados para negociações diretas

Por Redação com Agrolink 05/05/2021 13h01
Comercialização de gado por venda particular está em alta
Foto: Reprodução

Além dos leilões, os escritórios de remates vêm investindo na modalidade de vendas particulares aos criadores da pecuária. Esta forma de negociação vem aumentando nos últimos tempos e tem sido mais um diferencial no mercado. A Trajano Silva Remates está sendo demandada por compradores que buscam animais de alta qualidade genética para a formação de seus plantéis.

Segundo o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, desde março o escritório vem sendo procurado para a compra de touros. Entre as raças demandadas estão as sintéticas Brangus e Braford, seguidas do Angus e do Hereford. "Já vendemos mais de 150 touros até o momento e com valores 30% superiores a valores médios do ano passado. Em fêmeas, tivemos a venda de dois lotes com 25% acima do preço do ano passado", salienta.

O motivo da procura por esta modalidade, conforme o leiloeiro, é a antecipação das compras para economizar antes do boom de valorização prevista para a Temporada de Primavera da Pecuária, que já está sendo sentida neste período de comercialização do outono. "Tem gente se antecipando às compras para pagar um pouco menos porque a primavera se apresenta com uma perspectiva maravilhosa e também para aumentar o número de fêmeas em seus plantéis, pois acredito que na primavera será bastante reduzido", projeta.

Quanto ao gado geral, o especialista salienta que o mercado vem turbinado, tanto que nas feiras dos últimos 60 dias, foram registrados negócios com valores equiparados nos R$ 15 tanto o terneiro quanto a terneira. "Há uma procura maior que a oferta. Isso vem se refletindo inclusive nos preços das terras, devido aos bons preços do arroz, da soja e da carne, o que nos dá a perspectiva de que esta valorização deve continuar. O gado gordo vai permanecer, no mínimo, nos valores de hoje", afirmou.

Silva reforça também que o mercado está muito aquecido e acredita que isso deverá se acentuar com a abertura das fronteiras de Santa Catarina devido ao  reconhecimento do Rio Grande do Sul como zona livre de aftosa sem vacinação, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), previsto para este mês de maio.