Turismo
Mesmo sem festas, aluguel de imóveis por temporada segue em alta em AL
Procura subiu cerca de 87% desde o início do verão
Da sexta-feira (12) até a Quarta-feira de Cinzas (17), mesmo com o cancelamento dos festejos de Momo nos 102 municípios de Alagoas, os dias de Carnaval para muitos alagoanos estão garantidos. Isso porque a procura por imóveis de temporada, seja em Maceió ou no interior do estado, seguiu aquecida desde o início do Verão em dezembro do ano passado.
Segundo Thiago Dantas, diretor da imobiliária TDNI, somente na Barra de São Miguel, Litoral Sul de Alagoas, foram locados cerca de 87% dos imóveis disponíveis.
“Na capital, a busca também aconteceu, mas as pessoas estão optando pela famosa viagem de isolamento, de descanso, procurando lugares mais distantes dos centros urbanos, locais mais calmos”, frisa Dantas.
Ainda de acordo o diretor imobiliário, o locador que quiser cancelar a locação pode assim fazer com até 24 horas de antecedência gratuitamente.
Elaine Cristina, proprietária de uma casa de veraneio em Paripueira, conta que geralmente aluga todos os anos no período do Carnaval para a mesma pessoa. No entanto, por conta da pandemia do novo coronavírus, já em outubro houve a desistência.
“Quando souberam que não teria folia, blocos de rua desistiram. Então outra pessoa alugou, mas depois desistiu também porque houve aglomeração no Ano Novo e algumas pessoas foram infectadas pela Covid”, explica Elaine Cristina.
De acordo com Elaine, as pessoas que alugaram recentemente são realmente famílias que querem descansar e ter um lazer mais privativo. “Aqueles grupos de amigos de 20 pessoas mais ou menos que alugam para ‘farrar’ mesmo, esses já não estão alugando. Para mim foi bom, pois a quantidade de pessoas diminuiu, tive uma economia na energia e na água, e continuei alugando, porém para 6 a 8 pessoas, até 10”, ressalta.
Pâmela Bento sempre viaja para Salvador no período de Carnaval, mas por conta da pandemia preferiu ficar quieta em Maceió. Ela comenta que pretende passar pelo menos dois dias no campo, no sítio que parentes alugam neste período, já que eles não gostam de folia e preferem a tranquilidade do mato.
“A gente sente falta, mas tudo pela nossa saúde. Carnaval tem todos os anos, já nossa vida deve ser preservada, não é o momento de festa, já vimos o resultado que deu aglomerar não somente nas festas de fim de ano, mas também nas eleições. Muitos morreram, outros tantos lutam para sobreviver. Todos nós temos casos na família de infecção ou conhece alguém que perdeu a luta para o coronavírus”, avalia Pâmela.