Turismo

Turismo nacional registrou queda de 3,1% e diminuição de R$ 1,9 bilhão no faturamento

No primeiro semestre, a atividade que mais contribuiu para a redução do faturamento foi o transporte aéreo

Por Redação com FecomercioSP 20/08/2021 17h05 - Atualizado em 21/08/2021 10h10
Turismo nacional registrou queda de 3,1% e diminuição de R$ 1,9 bilhão no faturamento
Imagem ilustrativa. - Foto: Reprodução

De acordo com uma pesquisa feita pelo Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o turismo nacional registrou queda de 3,1% e diminuição de R$ 1,9 bilhão no faturamento, nos primeiros seis meses do ano. Em junho, porém, o setor faturou R$ 10,2 bilhões, representando uma alta de 47,3% na comparação com 2020. A despeito do número, o valor atual ainda é 26,3% menor do que o registrado no mesmo período de 2019, quando não havia pandemia.

No primeiro semestre, a atividade que mais contribuiu para a redução do faturamento foi o transporte aéreo. Com queda de 16,2%, pressionou em -4,23 pontos porcentuais (p.p.) o resultado geral. Já a variação positiva ficou por conta do transporte terrestre (intermunicipal, interestadual e internacional), que apresentou alta de 8,2% e 1,48 p.p. de impacto no desempenho geral.


As dificuldades do setor ficam ainda mais evidentes em comparação ao período pré-pandemia. Com o faturamento R$ 3,6 bilhões abaixo do registrado até então, cinco dos seis grupos analisados ainda estão no negativo e não se recuperaram totalmente. As maiores quedas foram observadas nos grupos transporte aéreo (45,2%), serviços de alojamento e alimentação (29,7%) e atividades culturais, recreativas e esportivas (25,3%).

Para a presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui, embora os números ainda sejam negativos, é perceptível a relevância do turismo doméstico de lazer se ampliando, de modo a compensar, ainda que discretamente, a demora no retorno de viagens de negócios e eventos, além das vendas de viagens internacionais.

"Será muito importante que os empresários do setor desenvolvam estratégias de divulgação, promoções e fidelização de clientes para que o turismo doméstico se mantenha como item constante no orçamento das famílias", avalia.

Perspectiva de retomada

Na avaliação anual, todos os seis grupos analisados apresentaram crescimento no faturamento, com destaque para transporte aéreo (149%) e serviços de alojamento e alimentação (65%). No entanto, a base de comparação é frágil, já que a atividades estavam praticamente "paradas" no auge da pandemia, o que explica estas variações expressivas.

A expectativa é que a redução das restrições e o avanço da vacinação proporcionem, no segundo semestre, um ritmo maior na retomada do setor. Importante ressaltar, contudo, que está volta à normalidade depende do respeito aos protocolos de distanciamento, de higienização e utilização de máscaras. Além disso, a vacinação deve ser incentivada, pois é uma das variáveis essenciais para o retorno seguro.