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Confira dicas para se expor ao sol de forma correta e evitar o câncer de pele
Ao tomar sol na praia, piscina ou durante uma caminhada com exposição ao sol, é necessário usar protetor solar
O câncer de pele é o tipo mais frequente da doença no Brasil. Mais de 170 mil pessoas são diagnosticadas em média, anualmente, com a doença que pode se desenvolver em anos de exposição solar.
A dermatologista Iris Alencar explicou que a radiação é cumulativa. Exposição prolongada e repetida ao sol, principalmente na infância e adolescência, assim como pele e olhos claros, com cabelos ruivos e loiros e ser albino; além de história familiar ou pessoal de câncer de pele são vistos como fatores de risco para desenvolver a doença.
Alguns sinais e sintomas podem ajudar a diagnosticar o câncer de maneira precoce, segundo especificou Iris Alencar. “O câncer de pele não melanoma, ocorre principalmente nas áreas expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas. Manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram podem ser sinais da doença. Lesões que não cicatrizam em até quatro semanas também”.
Quanto ao melanoma, a médica esclareceu que, geralmente, ele tende a ser, inicialmente, uma mancha preta. Entretanto, com o tempo, tanto pode ficar em formato mais elevado quanto também ferir. Para esses casos, importante é avaliar a simetria da lesão e o crescimento. Existem sinais que temos que são pretos, no entanto, o melanoma tende a não ser arredondado, e sim assimétrico, com um dos lados crescendo mais que o outro”, alertou.
A dermatologista explicou que existem três tipos de cânceres de pele. Em ordem de frequência são eles, carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma, este último bem mais raro, no entanto, o mais agressivo de todos. “O tratamento cirúrgico é o mais eficaz, principalmente quando se trata de melanoma, no entanto, o basocelular e o espinocelular em estágios iniciais podem ser tratados inclusive com pomadas. Outros métodos disponíveis são o nitrogênio líquido, cauterização com bisturi elétrico e terapia fotodinâmica”.
De acordo com a especialista, a escolha do método vai depender do tipo de câncer, da localização, tamanho e comorbidades apresentadas pelo paciente. “Um dermatologista com olho treinado pode fazer o diagnóstico só ao olhar a lesão, porém, há alguns anos temos o dermatoscópio, um aparelho que tem uma luz para aumentar a lesão que nos ajuda a identificar em estágios mais iniciais, que às vezes pode passar despercebida a olho nu”.
Evitar exposição solar prolongada ao sol, principalmente nos horários de pico da radiação é a principal medida de prevenção. “No verão esse horário pode ser antes das 9h e até depois das 16h. Uma dica que acho interessante é ver na aba do clima do seu celular o índice de radiação UV, disponível tanto em sistemas operacionais IOS quanto android. O índice tem uma graduação que nos orienta quanto à quantidade de itens que devem nos auxiliar na proteção solar, além do próprio protetor solar em si”, orientou a médica.
Procurar lugares com sombra e usar protetor solar, no mínimo 30, na quantidade ideal e 30 minutos antes da exposição solar, reaplicando após 2 horas, com a manifestação de suor intenso ou após entrar no mar ou piscina, por exemplo, são algumas dicas importantes de prevenção. “Além de usar chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV e usar protetor solar labial”, acrescentou.
Iris Alencar reforçou a importância de aplicar e reaplicar o protetor solar, na quantidade ideal, “a radiação é cumulativa, ao longo da vida aumenta-se o risco de câncer”. Segundo a profissional, uma avaliação com dermatologista é importante para que os sinais de câncer de pele sejam acompanhados, e, também para a retirada de sinais em geral. “Hoje muitos profissionais, inclusive não médicos, estão fazendo propaganda da retirada de sinais e com isso podem retirar irregularmente lesões de câncer de pele, sem margens adequadas e gerar sérios problemas para o paciente”, alertou.
Também é relevante lembrar, segundo referiu a dermatologista, que as crianças não devem ser expostas por muito tempo a radiação solar e que o protetor só pode ser usado a partir dos seis meses de vida, “antes disso, elas devem apenas usar roupas com proteção UV. Crianças devem usar protetor solar apenas físico, então, não devem usar os de adultos, olhar sempre as embalagens que descrevem quando são exclusivas para crianças. Além de lembrar de beber muita água nesse período de muito sol”, orientou a especialista.