Passando por um processo de revitalização, o bairro histórico do Jaraguá ganha novos empreendimentos que prometem trazer opções para contemplar lazer, cultura e gastronomia em Maceió, dentre elas, o Mercado 31. Apesar de  privado, o espaço inaugurado há cerca de quatro meses e que reúne bares, restaurantes, lojas de artesanato e produtos da terra, localizado ao lado do Centro Pesqueiro e próximo à capela de Jaraguá, é mais uma iniciativa de promoção e fomento o turismo no Estado.

O galpão que deu lugar ao Mercado 31 acompanha a história do bairro. Ao lado do porto, o local armazenou açúcar por quase um século e, após um período desativado, foi praticamente reconstruído para virar o novo mercado. Era no grande armazém que seu Marcelo trabalhava. Ele passeava pelo mercado e revisitava o local em que por tantos anos carregou sacos e sacos de açúcar.

"Isso aqui era da cooperativa onde trabalhei, a gente arrumava açúcar aqui. É bom ver um espaço renovado, que traz vida para o local, que melhorou a nossa economia. É o que estamos precisando para nossa Alagoas", disse o ex-funcionário do armazém.

Segundo Matheus Vilela, diretor do Mercado 31, a ideia do negócio surgiu da necessidade de criar um representativo da cultura do nosso estado, impulsionando a arte e trazendo entretenimento. "A ideia realmente é que seja um ponto turístico de Alagoas e que possamos concentrar o melhor em um lugar, que é a proposta do Mercado 31. A gente quer que pessoas daqui visitem, não somente os turistas’’.

O Mercado 31, recebe principalmente turistas que desembarcam no porto de Maceió vindo dos navios e aproveitam a parada para visitar os pontos turísticos do bairro e passear pelos casarões coloniais da Rua Sá e Albuquerque, localizada a menos de 200 metros dali.

Outros também costumam descobrir fazendo aquela pesquisa nas redes sociais, como foi o caso de Fernanda e João, casal de São Paulo.

"A gente deu uma pesquisada e descobriu o lugar, gostamos bastante porque ele concentra muitas lojas em um espaço, achamos bem organizado também’’. 

Para Maurício Filho, diretor da Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes), a valorização do bairro ocorre como uma expansão do turismo do estado, que ganha novas possibilidades: “Vemos o Jaraguá como uma mola propulsora para explorar principalmente o turismo cultural, não deixando apenas no centro das atenções na nossa belíssima orla. O Jaraguá é histórico e possui uma arquitetura única que precisa ter uma atenção especial e é isso que a prefeitura está propondo ao revitalizar o bairro.’’

Além da valorização do bairro, o diretor também comentou acerca da abertura de um espaço de exposição de produtos para os artesãos cadastrados na Economia Solidária dentro do Mercado 31. “O Mercado das Artes 31 não é apenas um espaço gastronômico, mas também um local onde se comercializa a cultura local, com o artesanato, confeccionado por artesãos locais’’, disse ele.

Maurício Filho também comentou sobre a integração do centro pesqueiro, refletindo que a integração entre os equipamentos é essencial para atrair mais fluxo de pessoas e mais desenvolvimento para a região, para as pessoas que ali trabalham e dependem da economia gerada no local.

O espaço conta com 119 lojas, abre todos os dias, das 10h às 20hs, e fica localizado ao lado do Centro Pesqueiro de Jaraguá, na Avenida Industrial Cicero Toledo, 31. Para acompanhar a programação e saber mais informações, acesse o Instagram @mercadodasartes31.

*Estagiária sob supervisão