Turismo

Ministério do Turismo e companhias aéreas anunciam 184 mil voos para o verão

O número de assentos também cresceu e a oferta será de 29,8 milhões, 12% a mais que o disponibilizado no ano passado. A ação faz parte da renovação da estratégia federal para ampliar e diversificar a malha aérea brasileira

Por Agência Gov 11/11/2024 15h03 - Atualizado em 11/11/2024 15h03
Ministério do Turismo e companhias aéreas anunciam 184 mil voos para o verão
As empresas também vão adesivar o selo do programa nas portas de até 30% dos aviões - Foto: Gregory Grigoragi

Os turistas que querem apreciar o verão brasileiro terão 10,7% (17,8 mil) a mais de voos disponíveis para diversos destinos do país, em comparação a 2023. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (11.11), em Brasília (DF), pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, e representantes das principais companhias aéreas do país. O número de assentos disponíveis também será maior, serão 29,8 milhões, 12% (3,2 milhões) superior ao ano passado. A ação faz parte da renovação do Programa Conheça o Brasil Voando, para ampliar e diversificar a malha aérea do país.

O ministro Celso Sabino destacou que o acesso aos programas sociais e a melhoria da economia brasileira tem impulsionado a ampliação do acesso da população brasileira ao turismo. “A forte expansão do setor de aviação no Brasil reflete o trabalho feito pelas companhias e o empenho do Governo Federal em apoiar esse segmento. O nosso maior cliente é o público brasileiro, que está voltando a descobrir o nosso país, que está tendo cada vez interesse em conhecer o Brasil. O brasileiro está sabendo da existência hoje de atrativos turísticos que antes nem sabia que existia. Está sabendo que a gente tem hotéis e pousadas que podem recebe-los com todo o conforto e está sabendo hoje que existem companhias aéreas brasileiras que podem transportar sua família com todo o conforto”, comentou.

No caso da Azul Linhas Aéreas, por exemplo, serão 3.994 voos extras entre dezembro e fevereiro, um aumento de 12% em relação a 2023, com novas rotas e conexões para destinos nacionais e internacionais e quase 40% a mais de assentos. As regiões Nordeste e Sudeste, que abrigam os principais “hubs” da empresa - os aeroportos de Viracopos, em Campinas (SP), o BH Airport, na cidade de Belo Horizonte (MG), e o terminal de Recife (PE) - receberão a maior parte dos pousos e decolagens no período. A Azul vai operar 10 novas rotas diretas, como entre Confins (MG) e Santarém (PA); Palmas (TO), Campo Grande (MS) Porto Alegre (RS) e Recife, além de aumentar frequências em rotas como Belém (PA) / Manaus (AM). Outra novidade são viagens de madrugada (Campinas), em dezembro e janeiro. Haverá voos para Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Rio (Galeão), Goiânia (GO), Londrina (PR), Presidente Prudente (SP), Ribeirão Preto (SP), São José do Rio Preto (SP), Uberlândia (MG) e Chapecó (SC).

Já a LATAM disponibilizará 2,3 mil voos extras domésticos e internacionais durante a temporada de verão, de 1º de dezembro a 31 de janeiro. Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Porto Alegre (RS) - cujo Aeroporto Salgado Filho reabriu recentemente - e Curitiba (PR) receberão o maior número de passageiros da empresa no período. Os incrementos da LATAM têm como foco 51,5 mil partidas de São Paulo (Guarulhos e Congonhas); Rio (Santos Dumont e Galeão), Brasília (DF) e Salvador (BA).

A GOL, além de fortalecer a frota já disponível com mais voos para as cidades grandes receptoras de turistas, como Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Porto Alegre, Fortaleza, Florianópolis, Manaus, Foz do Iguaçu, Aracajú, Vitória, Navegantes/Balneário Camboriú, Natal, Maceió, Jericoacoara, Bonito, Maceió, Porto Seguro, Salvador, Caldas Novas, Campo Grande, Palmas, Ilhéus, Belém, divulgou que terá cinco novos destinos para esta temporada, sendo quatro internacionais, Bogotá (Colômbia), San José (Costa Rica), Cancún (México), Aruba (Reino dos Países Baixos) e um nacional saindo para São José dos Campos (São Paulo).

AMPLIAÇÃO INTERNACIONAL

A ligação de terminais aéreos situados no exterior ao Brasil também será contemplada. A Azul vai operar rotas de ida e volta como entre Montevidéu (Uruguai) e Florianópolis (SC), até março de 2025. Haverá, ainda, voos de Assunção, no Paraguai, para Campinas (SP), Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e Recife (PE), além de ligações entre Miami, nos Estados Unidos, e Belo Horizonte (MG). Já a LATAM terá viagens entre o Brasil e países como Argentina, Chile e Portugal.

Ceará e Pernambuco serão as principais portas de entrada de estrangeiros no Nordeste. No primeiro estado, a oferta das associadas à ABEAR vai crescer 57,7%, com destaque para ligações entre a capital cearense e Buenos Aires (Argentina), Santiago (Chile), Orlando e Miami (EUA). Já no segundo, a disponibilidade aumentará 42,7%, com voos conectando Buenos Aires, Santiago, Assunção, Orlando e Miami à capital pernambucana.

Em Brasília, por sua vez, a quantidade de assentos ofertada será 36,8% maior, com voos entre a capital federal e Santiago, Orlando, Miami, Lima, Cancún (México) e Bogotá (Colômbia). É importante ressaltar que as informações podem sofrer alterações, conforme redesenhos da malha efetuados pelas companhias aéreas.

PARCERIA

A nova etapa do “Conheça o Brasil: Voando”, lançado em setembro de 2023, inclui a ampliação da oferta de “stopover”, modalidade que permite visitar uma cidade intermediária antes de chegar ao destino, utilizando a mesma passagem.

As empresas também vão adesivar o selo do programa nas portas de até 30% dos aviões, além de realizar a plotagem de até 10% das aeronaves com imagens do Brasil e de divulgar mensagens sonoras nas aeronaves estimulando a procura por localidades nacionais.

O “Conheça o Brasil: Voando”, que também envolve a articulação de medidas para melhorar o ambiente de negócios e incrementar a competitividade do Brasil na área, vem promovendo sucessivos avanços. Segundo a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla em inglês), neste ano, por exemplo, o Brasil subiu uma posição no ranking mundial de voos domésticos e se tornou o 4° maior mercado do planeta (1,2% do total). O mercado nacional cresceu 6,6%, acima da média global, de 5,6%.